Piso Nacional do Magistério: o que é, como funciona e quais os impactos

A valorização dos professores é um direito garantido pela Constituição Federal. Para tornar isso realidade, foi criada a Lei nº 11.738/2008, que instituiu o piso salarial nacional do magistério da educação básica.
Mas o que esse piso significa na prática? Ele é realmente constitucional? E quais os efeitos para professores e redes de ensino?
O que é o piso nacional do magistério?
O piso é o valor mínimo que todo professor da educação básica deve receber em uma jornada de até 40 horas semanais.A lei também prevê:
✔️ Reajuste anual do valor;
✔️ Obrigatoriedade de Estados e Municípios cumprirem o piso;
✔️ Ajuda financeira da União, quando comprovada a incapacidade de pagamento.
A polêmica no STF
Logo após a criação da lei, governadores entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (ADI 4.167), questionando sua validade.
O STF decidiu que a lei é constitucional e fixou pontos importantes:
- O piso é um instrumento legítimo de valorização da educação;
- Não fere a autonomia de Estados e Municípios;
- Deve ser calculado sobre o vencimento básico do professor, e não sobre gratificações ou adicionais.
Por que isso é importante?
Essa definição impede que gestores “maquiem” salários com gratificações temporárias.
Assim, o professor tem garantido um salário-base justo e estável.

Desafios na aplicação
Mesmo com a decisão do STF, a aplicação do piso enfrenta obstáculos:
- Impacto financeiro para Estados e Municípios com menor arrecadação;
- Judicialização constante, por descumprimento da lei;
- Discussões sobre reajustes anuais, vinculados ao Fundeb.
O piso nacional do magistério é uma conquista essencial para a valorização dos professores e para a qualidade da educação pública. A decisão do STF consolidou sua obrigatoriedade e deixou claro: ele deve incidir sobre o vencimento básico, garantindo mais transparência e proteção ao profissional.
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